segunda-feira, 7 de maio de 2012

Última chamada: novo acordo ortográfico passa a valer em 2013

As novas normas da Língua Portuguesa passam a ser obrigatórias no ano que vem. Você está preparado?


As regras do novo acordo ortográfico passam a valer definitivamente a partir de 1º de janeiro de 2013. Se você ainda não domina todas as mudanças, precisa se preparar para adotá-las (leia as principais alterações no final desta página). Todo professor, independentemente da disciplina que leciona, deve seguir as normas para escrever corretamente em diferentes contextos - na preparação e na correção de atividades e provas, no quadro, nos bilhetes enviados aos responsáveis e em textos direcionados aos colegas de trabalho e à direção, como o planejamento.

A melhor forma de lembrar as alterações - e incorporá-las progressivamente - é manter bons materiais de consulta sempre à mão. "Uma possibilidade é recorrer a um dicionário com verbetes atualizados, que pode ficar em classe ou na sala dos professores, até que todos se familiarizem com elas", diz Clecio Bunzen, docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No computador, usar versões recentes de corretores de texto também ajuda. Outra dica é preparar colas sobre aquilo que desperta mais dúvidas, como o uso do hífen, e deixá-las sempre à mão.

Bem informado e preparado, você estará apto a esclarecer questões trazidas pelos alunos e ajudá-los a revisar seus textos. Crianças em processo de alfabetização são as menos afetadas, pois já devem aprender conforme as novas regras da língua. Além disso, nas séries iniciais, não há um trabalho de reflexão sobre a acentuação ou sobre o uso do hífen - duas das principais modificações. "Nesse momento, os pequenos se preocupam com outros aspectos da ortografia, como escrever caracol com 'l' ou com 'u'", afirma Bunzen. "Quando forem estudar os acentos, as regras novas já terão sido internalizadas", afirma.

Os mais velhos, que conhecem as normas hoje em vigor, têm mais dúvidas. "Eles precisam ser orientados por meio do ensino específico do que mudou", explica Artur Gomes de Morais, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor de livros sobre o aprendizado da ortografia. Segundo ele, é importante ler palavras grafadas corretamente, especialmente nos casos em que as formas não podem ser compreendidas com regras. A recomendação, nesse caso, também é usar materiais de consulta, sem se preocupar em levar a turma a decorar as alterações não usadas com frequência.

Se a garotada se deparar com uma grafia antiga em um livro, por exemplo, pode-se incentivar a investigação do "erro", buscando a data de impressão dele. As alterações na ortografia podem ser resgatadas no momento em que essas dúvidas surgem - sem desviar, é claro, do conteúdo previsto para a aula.

O que motivou o novo acordo

As mudanças foram planejadas visando unificar as regras do idioma no Brasil, em Cabo Verde, em São Tomé e Príncipe, em Portugal, em Angola, na Guiné-Bissau, em Moçambique e no Timor Leste, que vêm discutindo o tema desde os anos 1990. O fator econômico foi determinante, pois a padronização vai facilitar a integração comercial.

A unificação pode ainda estimular o intercâmbio científico e cultural entre esses países. Embora todos falem a mesma língua, nem sempre é fácil entender além de suas fronteiras o texto escrito em um deles. E isso impede que as culturas nacionais transitem de um país para outro. "Com a reforma, é esperado que os bens culturais dessas nações, como as produções literárias, ganhem maior projeção e passem a ser mais consumidos fora de seu território de origem", explica Ulisses Infante, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e autor de diversas obras sobre a língua.

A reforma não atinge todos os países da mesma maneira. No Brasil, por exemplo, 2 mil palavras sofreram alterações, ou seja, 0,5% do total. Já em Portugal cerca de 10 mil termos mudaram - 1,5%. Lá, "óptimo" e "acção" passaram a ser grafados como por aqui ("ótimo" e "ação"), aproximando-se da linguagem oral comum no nosso país.

Mudanças ortográficas não são uma novidade no Brasil. As primeiras ocorreram em 1943, com o propósito de aproximar as normas oficiais da língua usada no cotidiano, incorporando brasileirismos, por exemplo. Assim, foram endossadas grafias como "comércio" e "farmácia", que já eram usadas por aqui juntamente com "commercio" e "pharmacia" - comuns em Portugal.

Uma nova atualização ocorreu em 1971. Nessa, o trema nos hiatos átonos (como em "vaïdade") deixou de ser usado. Além disso, o acento circunflexo diferencial nas letras "e" e "o" das palavras escritas da mesma maneira, mas com sons distintos, foi eliminado. É o caso do substantivo "almôço", que levava acento para ser distinguido de "almoço", da conjugação do verbo almoçar na primeira pessoa do singular. O mesmo ocorreu com o substantivo "comêço".

Esse percurso comprova que a língua é dinâmica e se altera com o passar dos tempos. O mesmo ocorre com a ortografia, uma convenção social, fruto do momento histórico. As mudanças do idioma, portanto, devem ser analisadas de acordo com o contexto.

Mudanças na língua
1 Acento agudo
- Deixa de existir nos ditongos (encontro de duas vogais em uma só sílaba) abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas (que têm a penúltima sílaba pronunciada com mais intensidade).

heróico   heroico

assembléia   assembleia


Observação: as oxítonas (com acento na última sílaba) e os monossílabos tônicos terminados em "éi", "éu" e "ói", no singural e plural (anéis, chapéu e herói) continuam com acento.

- Desaparece nas paroxítonas com "i" e "u" tônicos que formam hiato (sequência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes) com a vogal anterior, que, por sua vez, faz parte de um ditongo.

feiúra   feiura

Observação: as vogais "i" e "u" continuam a ser acentuadas se formarem hiato, mas estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de "s" (baú e baús) ou, em oxítonas, se forem precedidas de ditongo e estiverem no fim da palavra (tuiuiú).
2 Trema
- É eliminado, mas a pronúncia continua a mesma.

tranqüilo   tranquilo

freqüente   frequente


Observação: o sinal foi mantido em nomes próprios de origem estrangeira, bem como em seus derivados (como em Müller e mülleriano).
3 Acento circunflexo
- Não é mais usado nas palavras terminadas em "oo".

enjôo   enjoo

- Também desaparece o circunflexo na conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer, ler, ver e derivados.

lêem   leem

Observação: nada muda na acentuação dos verbos ter e vir e dos seus derivados.
4 Acento diferencial
- Nos casos abaixo, não é mais usado para facilitar a identificação de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia.

- pára (forma verbal) e para (preposição)

- pelo (preposição + "o") e pêlo (substantivo)

Observação: duas palavras continuarão recebendo o acento diferencial:

- Pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido com a preposição por.

- Pôde (verbo conjugado no passado) também mantém o acento para que não haja confusão com pode (o mesmo verbo no presente).
5 Hífen
- Deixa de ser empregado quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as consoantes "s" ou "r". A consoante, então, passa a ser duplicada.

anti-religioso   antirreligioso

- Caiu nos casos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com outra.

auto-estrada   autoestrada

Observação: ele se mantém quando o prefixo termina com "r" e o segundo elemento começa com a mesma letra, como em super-resistente.

APROVEITAMENTO ESCOLAR

Raio-x do boletim

Dicas para entender o que significam as notas dos boletins escolares sem cair no desespero

06/03/2009 15:28
Texto Cynthia Costa
Educar
Foto: Dreamstime
Foto: Não é uma nota vermelha no boletim que vai mostrar qual é o perfil do aluno
Não é uma nota vermelha no boletim que vai mostrar qual é o perfil do aluno.
Notas azuis, vermelhas, altas e baixas. Dependendo da postura dos pais diante desses resultados, a luta do aluno na escola passa a não ser pelo aprendizado, mas somente pelos números apresentados na caderneta, na ficha, no histórico do colégio. O famoso boletim. Como fazer para que isso não aconteça?

"O boletim é um código que expressa a correspondência entre o que o aluno aprendeu em relação ao que a escola esperava que ele aprendesse em um determinado período", define Maria Cecília Camargo Aranha Lima, coordenadora do segmento II de Ensino Fundamental da tradicional rede de colégios Pueri Domus, de São Paulo. "É um dos indicadores de aprendizagem, mas não é o único. A avaliação deve ser contínua, um processo baseado na observação do professor no dia-a-dia do aluno", continua a coordenadora.

O ideal é que os pais relativizem a noção de nota. O importante é que a criança estude e realize as tarefas. Como argumenta, ainda, Maria Cecília: "Um aluno que estuda, produz bem em grupo e tem seu material organizado pode tirar uma nota baixa por acidente, e não é essa nota que vai dizer que estudante ele é".

Em vez de deixá-lo sozinho com essa missão, que tal oferecer uma mãozinha? Uma forma de fazer isso é ajudando-o a criar uma disciplina de estudo. "Toda criança precisa de ajuda para isso, para criar sua disciplina de horários, nem que seja apenas uma hora por dia. E a participação da mãe nisso é fundamental", afirma Cláudia Zuppini Dalcorso, diretora de escola pública em Santo André, SP. Converse com seu filho e veja qual é a melhor hora do dia para ele se dedicar aos estudos. Fixe essa hora e passe a ficar atenta se ela está mesmo sendo usada para fins escolares.

Na hora de estudar, evite cometer deslizes (até bastante comuns!) em comentários do dia-a-dia. Segundo a educadora Cláudia Dalcorso, é comum ouvir mães soltando frases como: "Não gosto de estudar, mas você não pode ser como eu". Pode ser prejudicial para a Educação de seus filhos. "A criança não se contenta só em saber o que é certo e o que não é. Ela precisa de atitude, do exemplo dos pais. A família precisa demonstrar que estudar e buscar informação é importante para a vida, e que não se trata de uma obrigação", alerta.

Outro comentário errado que Cláudia Zuppini vive escutando das mães é coitadinho, ele não fica um dia sem estudar. "Estudar é importante, é uma forma de assimilar tudo que está sendo passado na escola. E disciplina é fundamental em todas as fases da vida".


Boas práticas

- Informe-se sobre o sistema de avaliação do colégio de seu filho. As notas são apenas baseadas em provas? Ou também em trabalhos em grupo e comportamento?

- Compare seu filho com ele mesmo. Se ele progredir durante o ano, ótimo. Um aluno que começa o ano com uma nota 5 e acaba com 8 no boletim claramente progrediu, e isso é o que interessa.

- Preste atenção nos pontos fracos e fortes mostrados no boletim. Se seu filho se sai mal sempre nas mesmas disciplinas, talvez seja hora de conversar com os professores e entender o que se passa. Se ele tiver mesmo dificuldades, procure aulas de reforço.

- Não deixe notas baixas abalarem sua confiança em seu filho. Lembre-se que o importante é que ele seja um aluno interessado. Num esforço conjunto com a escola, ele pode se tornar um aluno melhor - se sentir segurança para isso.

- O desempenho dos colegas serve apenas de parâmetro no sentido de medir a exigência do colégio. Pode ser que, em um colégio muito rígido, a nota 7 seja considerada alta, por exemplo. 

Aulas de Arte


Trabalhos realizados com os alunos do 8º ano l, ll e lll, na disciplina de arte.
Artistas trabalhados
  • Paul Gauguin
  • Paul Cézanne
  • Vicente Willen Van Gogh
  • Toulouse Lautrec
Após as pesquisas foram realizadas as releituras  das obras. Parabéns a professora e aos alunos pelos trabalhos que ficaram lindos.